sábado, 26 de abril de 2008

LEI DE CASUALIDADE - O CARMA


“- Grande Benfeitor - exclamei, comovido, buscando olvidar meus próprios sentimentos -, poderemos ouvi-lo, de algum modo, acerca do “carma”?
Sânzio retomou a posição que lhe era habitual, junto ao espelho cristalino, e obtemperou:
- Sim, o “carma”, expressão vulgarizada entre os hindus, que em sânscrito que dizer “ação”, a rigor, designa “causa e efeito”, de vez que toda ação ou movimento deriva de causa ou impulsos anteriores. Para nós expressará a conta de cada um, englobando os créditos que, em particular, nos digam respeito. Por isso mesmo, há conta dessa natureza, mão apenas catalogando e definindo individualidades, mas também povos e raças, estados e instituições.
O Ministro fez uma pausa, como quem dava a perceber que o assunto era complexo, e continuou:
- Para melhor entender o “carma” ou “conta do destino criada por nós mesmos”, convém lembrar que o Governo da vida possui igualmente o seu sistema de contabilidade, a se expressar no mecanismo de justiça inalienável. Se no círculo das atividades terrenas qualquer organização precisa estabelecer um regime de contas para basear as tarefas que lhe falem à responsabilidade, a Casa de Deus, que é todo o Universo, não viveria igualmente sem ordem. A Administração Divina, por isso mesmo, dispõe de vários departamentos para relacionar, conservar, comandar e engrandecer a vida Cósmica, tudo pautando sob magnanimidade do mais amplo amor e da mais criteriosa justiça. Nas sublimadas regiões celestes de cada orbe entregue à inteligência e a razão, ao trabalho e ao progresso dos filhos de Deus, fulguram os gênios angélicos, encarregados do rendimento e da beleza, do aprimoramento e da ascensão da Obra Excelsa, com ministérios apropriados à concessão de empréstimos e moratórias, créditos especiais e recursos extraordinários a todos os Espíritos encarnados ou desencarnados, que os mereçam, em função dos serviços referentes ao Bem Eterno; e, nas regiões atormentadas como esta, varridas por ciclones de dor regenerativa, temos os poderes competentes para promover a cobrança e a fiscalização, o reajustamento e a recuperação de quantos se fazem devedores complicados ante a Divina Justiça, poderes que tem a função de purificar os caminhos evolutivos e circunscrever as manifestações do mal. As regiões na terra, por esse motivo, procederam acertadamente, localizando o Céu nas esferas superiores e situando o Inferno nas zonas inferiores, porquanto, nas primeiras, encontramos a crescente glorificação do Universo, e nas segundas, a purgação e a regeneração indispensáveis à vida, para que a vida se acrisole e se eleve ao fulgor dos cimos.
Ante o intervalo espontâneo e reparando que o Ministro se propunha manter contacto, através da conversação, aduzi, com interesse:
- Comove saber que sendo a Providência Divina a Magnanimidade Perfeita, sem limites gerando tesouros de amor para distribuí-los com abundância, em favor de todas as criaturas, é também Eqüidade Vigilante, na direção e na aplicação dos bens universais.
-Efetivamente, não poderia ser de outro modo – ajuntou Sânzio, bondoso – Em assuntos de lei de causa e efeito, é imperioso não olvidar que todos os valores da vida, desde as mais remotas constelações à mais mínimas partículas subatômicas, pertencem a Deus, cujos inabordáveis desígnios podem alterar e renovar, anular ou reconstruir tudo o que está feito. Assim, pois, somos simples usufrutuários da Natureza que consubstancia os tesouros do Senhor, com responsabilidade em todos os nossos atos, desde que já possuamos algum discernimento. O Espírito, seja onde for, encarnado ou desencarnado, na terra ou noutros mundos, gasta, em verdade, o que lhe não pertence, recebendo por empréstimos do Eterno Pai os recursos de que se vale para efetuar a própria sublimação no conhecimento e na virtude. Patrimônio materiais e riquezas da inteligência, processos e veículos de manifestação, tempo e forma, afeições e rótulos honoríficos de qualquer procedência são de propriedade do Todo-Poderoso, que no-los concede a título precário, a fim de que venhamos a utilizá-los no aprimoramento de nós mesmos, marchando nas largas linhas da experiência, de modo a entrarmos na posse definitiva dos valores eternos, sintetizados no Amor e na Sabedoria com que, em futuro remoto, Lhe retrataremos a Glória Soberana. Desde o elétron aos gigantes astronômicos da Tela Cósmica, tudo constitui reservas de energias de Deus, que usamos, em nosso proveito, por permissão dEle, de sorte a promovermos, com firmeza, nossa própria elevação a Sua Majestade Sublime. Dessa maneira, é fácil perceber que, após conquistarmos a coroa da razão, de tudo se pedirá contas no momento oportuno, mesmo porque não há progresso sem justiça na aferição de valores.”

(Instrução do personagem Ministro Sânzio, pg. 87. do livro “Ação e Reação” – Francisco Cândido Xavier / ditado pelo espírito André Luiz).

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Pensamento do dia:

“Um aprendiz chegando perto de um pastor de ovelhas, perguntou:”

“- Se uma ovelha cair na fossa, o que você fará?”

“O pastor respondeu: - Eu a tiro e carrego.”

“- Mas, e se a ovelha se machucar, se estiver ferida? – tornou o aprendiz.”

“- Eu a curo, e mesmo se estiver sangrando eu a carrego – retrucou o pastor.”

“O aprendiz pensou demoradamente e indagou, por fim:”

“- Mas, e se a ovelha fugir para muito longe, léguas e léguas?”

“O pastor, zeloso e experimentado, fitando o grande rebanho que pastava no vale, respondeu: - Eu não posso ir atrás, porque eu não posso deixar todo o rebanho por causa de uma rebelde....Eu mando o cão buscá-la...”

Coroando os preciosos apontamentos da tarde, Chico arremata:

“ A mesma coisa é o Cristo diante de nós, quando nos afastamos do caminho certo, léguas e léguas. Ele não vai atrás, manda o cão, que é o sofrimento....”

(Estória contada pelo médium Francisco Cândido Xavier, nos culto do evangelho e assistência, realizado no sábado, 11 de setembro de 1982, à sombra do abacateiro - Uberaba - MG, - Pg. 55 do livro “Chico Xavier, à sombra do Abacateiro” - Carlos Antônio Bacelli – 1983).

quarta-feira, 23 de abril de 2008

HOJE É DIA DO LIVRO!


O livro espírita

Cada livro edificante é porta libertadora.
O livro espírita, entretanto, emancipa a alma, nos fundamentos da vida.

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O livro científico livra da incultura; o livro espírita livra da crueldade, para que os louros intelectuais não se desregrem na delinqüência.
O livro filosófico livra do preconceito; o livro espírita livra da divagação delirante, a fim de que a elucidação não se converta em palavras inúteis.
O livro piedoso livra do desespero; o livro espírita livra da superstição, para que a fé não se abastarde em fanatismo.
O livro jurídico livra da injustiça; o livro espírita livra da parcialidade, a fim de que o Direito não se faça instrumento de opressão.
O livro técnico livra da isispiência; o livro espírita livra da vaidade, para que a especialização não seja manejada em prejuízo de outros.
O livro de agricultura livra do primitivismo; o livro espírita livra da ambição desvairada, a fim de que o trabalho de gleba não se envileça.
O livro de regras sociais livra da rudeza de trato; o livro espírita livra da irresponsabilidade que, muitas vezes, transfigura o lar em atormentado reduto de sofrimento.
O livro de consolo livra da aflição; o livro espírita livra do êxtase inerte, para que o reconforto não se acomode em preguiça.
o livro de informações livra do atraso; o livro espírita livra do tempo perdido, afim de que a hora vazia não nos arraste à queda em dívidas escabrosas.

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Amparemos o livro respeitável, que é luz de hoje; no entanto, auxiliemos e divulguemos, quanto nos seja possível, o livro espírita, que é luz de hoje, amanhã e sempre.
O livro nobre livra da ignorância, mas o livro espírita livra da ignorância e livra do mal.

EMMANUEL

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Pensamento do dia:

"Fora o cachorro, o livro é o maior amigo do homem".

terça-feira, 15 de abril de 2008

BEM E MAL


O bem propõe.
O mal impõe.

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O bem é luz.
O mal é treva.

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O bem é saúde.
O mal é enfermidade.

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O bem é esperança.
O mal é punição.

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O bem produz.
O mal destrói.

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O bem ama.
O mal odeia.

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O bem facilita.
O mal dificulta.

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O bem inspira.
O mal conspira.

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O bem ampara.
O mal expulsa.

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O bem vive.
O mal passa.

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O bem é vida e a vida permanece.
O mal é a morte e, assim sendo, passa, porquanto o mal resulta da ausência do bem, que ainda não logrou domar o instinto nem santificar a razão.
O mal, portanto, maior, é sempre para quem o faz, por torná-lo mau.
O bem, que é de Deus, também é sempre melhor para quem o faz, portanto liberta e alça quem o pratica à vida sem fim, sem limite.

Marco Prisco

(texto copiado do livro "Sementes de vida eterna por diversos espíritos" - Divaldo P. Franco - 1978).

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Pensamento do dia:

"O que queremos ao outro é o que recebemos da vida".